Esta sexta-feira, dia 31 de maio, é comemorado o Dia Mundial sem Tabaco. A prática de fumar está ligada diretamente à saúde. O hábito está ligado a diversas doenças, a maioria evitáveis, como os enfisemas e cânceres.
No caso do câncer, a doença como um todo deu um salto no Paraná. Se até alguns anos atrás era a terceira causa de morte no Estado, agora já é a segunda causa, atrás apenas dos casos cardiovasculares.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), o câncer é a segunda maior causa de mortalidade no Estado, com um aumento de óbitos por neoplasias malignas de 128,2 para 138,95, por 100 mil habitantes, entre 2019 e 2023.
Neste período, 76.266 pessoas morreram de câncer no Paraná, sendo a maior parte (34,2%) com neoplasias malignas em órgãos digestivos, 15,4% aparelho respiratório, 7,2% mama e 7,1% genitais masculinos.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou ainda em 2023, um estudo que estimava que o estado do Paraná deve registrar 36.900 novos casos de câncer, anualmente, no triênio de 2023 a 2025, totalizando mais de 110 mil ocorrências. A projeção faz parte de estudo Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil.
Em todo o país, espera-se que surjam 704 mil novos casos para cada ano do período. Desse total, 70% estão previstos para as regiões sul e sudeste.
A estimativa é a principal ferramenta de planejamento e gestão na área oncológica no Brasil, fornecendo informações fundamentais para a definição de políticas públicas.
O estudo do Inca projeta que as três principais causas de câncer no estado do Paraná sejam: 3.650 casos de câncer de mama feminina; 3.430 casos de câncer de próstata; 2.560 casos de câncer do cólon e reto.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aprovou em meados deste mês uma atualização do Plano Estadual de Atenção para Diagnóstico e Tratamento do Câncer em uma reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB/PR).
O documento está em sua fase final de elaboração e será amplamente divulgado e utilizado para nortear ações e serviços de saúde nos atendimentos de oncologia, cronograma de metas e indicadores, monitoramento e avaliação da doença, visto que a última edição do plano foi publicada em 2016.
Dentro das estratégias da Sesa, destaca-se o ofício enviado ao Ministério da Saúde em dezembro do ano passado solicitando recomposição de teto financeiro para execução de serviços contratados nesta área.
No documento a Secretaria apontou que em 2021 foram investidos R$ 299,3 milhões em procedimentos e em 2022 mais R$ 375,8 milhões, sendo que o governo federal custeou apenas R$ 175,3 milhões por ano, acarretando num déficit de R$ 124 milhões em 2021 e R$ 200,4 milhões em 2022.
A demanda da Sesa então resultou em um repasse inédito de R$ 321,4 milhões enviado pelo governo federal
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