Na última terça-feira (12), a Polícia Militar registrou dois casos de estelionato nos municípios de Saudade do Iguaçu e Itapejara D'Oeste, ambos envolvendo transações bancárias fraudulentas. As vítimas perderam quantias significativas ao caírem em armadilhas aplicadas por golpistas que utilizaram plataformas digitais para enganar os cidadãos.
Golpe da venda de motocicleta em Saudade do Iguaçu
No primeiro caso, ocorrido no município de Saudade do Iguaçu, um homem compareceu ao destacamento da Polícia Militar após perceber que havia sido vítima de um golpe ao tentar comprar uma motocicleta anunciada no Facebook. O interessado fez contato com o suposto vendedor e também conversou com alguém que dizia ser o dono de uma loja de motos.
Durante as negociações, ele transferiu a quantia de R$ 3.000 via Pix. No entanto, ao desconfiar dos trâmites da compra, decidiu cancelar a negociação e solicitar a devolução do valor. Em seguida, recebeu uma ligação de um homem que se apresentou como advogado da empresa vendedora.
O falso advogado fez uma chamada de vídeo sem mostrar o rosto e solicitou o emparelhamento de tela, possivelmente para visualizar informações bancárias da vítima. Além disso, condicionou a devolução do dinheiro à realização de uma nova transferência pela conta de origem, exigindo informações pessoais desnecessárias. Quando a vítima mencionou que acionaria a polícia, o suposto advogado encerrou a ligação. A Polícia Militar orientou o homem sobre os procedimentos cabíveis.
Golpe empresarial em Itapejara D'Oeste
O segundo caso foi registrado na mesma data no município de Itapejara D'Oeste, no bairro Alto da Colina. Uma mulher procurou a Polícia Militar relatando ter sido enganada ao realizar transações para um suposto fornecedor.
A vítima, que possui um empreendimento e necessita fazer compras frequentes de determinada empresa, entrou em contato com um vendedor pelo aplicativo Parceiro, utilizado para negociações comerciais. No decorrer da conversa, foi direcionada para o WhatsApp, onde o estelionatário solicitou um pagamento via Pix de R$ 2,00 como taxa de emissão de contrato.
Além disso, o golpista pediu que ela baixasse um novo aplicativo de vendas e informasse seu endereço. Após seguir as instruções, a vítima começou a receber notificações do aplicativo do banco solicitando troca de senha. Ao tentar acessar sua conta, percebeu que sua senha havia sido alterada e o aplicativo indicado pelo criminoso deixou de funcionar.
Pouco depois, ao conseguir recuperar o acesso à conta bancária, constatou que todo o seu saldo havia sido retirado via Pix. O boletim de ocorrência foi registrado para que a vítima possa tomar as medidas necessárias junto ao banco.
Alerta e orientações
A Polícia Militar reforça o alerta para que a população fique atenta a golpes financeiros, especialmente aqueles envolvendo compras online e aplicativos suspeitos. Recomenda-se sempre verificar a autenticidade de vendedores e empresas, evitar compartilhamento de informações sensíveis e desconfiar de pedidos para baixar novos aplicativos ou emparelhar telas.
Em caso de suspeita ou confirmação de golpe, as vítimas devem procurar imediatamente a polícia e o banco para tentar reverter possíveis danos financeiros.
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