Atleta da equipe de Coronel Vivida afirma ter sido chamado de “macaco” e “nego encardido”; jogo foi encerrado e Polícia Militar acionada
Um caso de injúria racial marcou a partida entre Coronel Vivida e Itapejara d’Oeste pela Copa Sudoeste de Futebol, realizada neste fim de semana. O jogador Adair do Nascimento, conhecido como Canu, relatou ter sido vítima de ofensas racistas proferidas por um atleta da equipe adversária, momentos antes do término do primeiro tempo.
Segundo a denúncia, Canu foi chamado de “macaco” e “nego encardido” em campo. A atitude gerou forte indignação entre os jogadores e a comissão técnica de Coronel Vivida, que, em solidariedade ao companheiro, optaram por não retornar ao gramado para o segundo tempo. A decisão levou ao encerramento antecipado da partida.
A Polícia Militar foi acionada e conduziu os dois atletas envolvidos — a vítima e o acusado — até a sede da 2ª Companhia da PM, em Coronel Vivida, onde o caso foi registrado e encaminhado para investigação.
Em nota oficial, a Administração Municipal de Coronel Vivida e o Departamento de Desporto repudiaram o episódio. “Não toleraremos nenhum tipo de discriminação. Toda forma de racismo deve ser combatida com rigor. Somos todos iguais e merecedores de respeito”, diz o comunicado.
O caso repercutiu fortemente nas redes sociais e entre representantes do esporte regional. A organização da Copa Sudoeste deve se manifestar nos próximos dias e, possivelmente, tomar providências quanto ao andamento da competição e às medidas disciplinares cabíveis.
O episódio reforça a urgência de ações firmes contra o racismo no esporte, garantindo que o ambiente esportivo seja de respeito, inclusão e igualdade para todos os atletas.
Fonte: Adelino Guimarães
Foto: Assessoria de Imprensa – Coronel Vivida
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