A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpriu mandados de busca e apreensão e medida cautelar de suspensão do exercício de função pública contra um médico credenciado ao Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná. A ação aconteceu na manhã desta quarta-feira (17), em Pato Branco, na região Sudoeste do Estado.
Durante as buscas foram apreendidos documentos e dispositivos móveis, que serão encaminhados à perícia técnica.
Chegou ao conhecimento da PCPR a suposta e eventual corrupção passiva por parte do médico que, atuando no exercício da função pública, estaria exigindo vantagem indevida por ocasião dos exames que realizava em clínica credenciada ao Detran.
Em razão disso, foi instaurado inquérito policial e colhidos elementos de informação relacionados ao fato, tendo sido identificado o médico, bem como vítimas da corrupção.
De acordo com o delegado da PCPR Éder Alves de Oliveira, apurou-se que em diversas oportunidades o médico solicitava vantagem indevida para aprovar pacientes que se submetiam a exames de vista no procedimento de renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
“Restou evidenciado que o ato criminoso era praticado diretamente pelo investigado, não havendo participação de terceiros, tampouco da clínica credenciada. O valor da vantagem solicitada não era fixo, oscilando em relação a cada paciente, tendo as solicitações variado entre R$ 800 e R$ 400, tendo em determinado caso sido o valor reduzido à quantia de R$ 120, sendo na ocasião exigido tal pagamento sob pena de rebaixar a carteira do motorista”, afirma o delegado.
O Diretor-Presidente do Detran-PR, Adriano Furtado, conta que assim que a instituição tomou conhecimento, realizou as medidas necessárias.
“O Detran-PR assim que tomou conhecimento dos fatos, imediatamente abriu Processo Administrativo e encaminhou as informações a Polícia Civil, para a realização das investigações na esfera criminal. A instituição é totalmente contra qualquer ato ilícito, que venha lesar os cidadãos paranaenses. Caso provado as irregularidades em apuração, serão aplicadas as punições administrativas cabíveis”, afirma Furtado.
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